segunda-feira, 29 de outubro de 2012

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Pavilhão de Espelhos.



    Não, eu não me arrependi de nada. Vida voa e o tempo é outro já. Você mudou e eu também, tô aqui só pra saber que existe saudade. Ainda bem.
    Como num pavilhão de espelhos, eu te vejo multiplicado em mil. Eu vim aqui pra ver você solto, vestido de lua na nuvem. Dança como se dançasse pra ninguém, ou só pra mim. Ainda bem. 
    Sim, eu sei que vieram chuvas, noites cheias de céu vazio e vão. Cruzei o mar, estrada além. Tô aqui pra ver se ainda bate, pulsa. Ainda bem.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

The One That Got Away




         No verão, depois do ensino médio, no nosso primeiro encontro, nós nos beijamos no seu Mustang ouvindo Radiohead. E no meu aniversário de 18 anos fizemos tatuagens iguais. A gente roubava o licor dos seus pais e subíamos no telhado. Falamos sobre o nosso futuro como se soubéssemos de algo... Mas nunca planejei que um dia eu perderia você.

         Em uma outra vida, eu seria sua garota. Nós manteríamos todas as nossas promessas. Seriamos    nós contra o mundo. Em uma outra vida, eu faria você ficar. Então, eu não tenho que dizer que você era aquele que se foi.

         Eu era June e você era meu Johnny Cash. Nunca um sem o outro, nós fizemos um pacto. Às vezes eu sinto sua falta eu coloco aquelas músicas para tocar...



quarta-feira, 28 de março de 2012

Back to December



Estou tão feliz que você arranjou tempo para me ver. Como está a vida? Me diga, como está sua família? Não os vejo faz tempo. Você está tão bem, mais ocupado do que nunca.
Conversa fiada, trabalho, o clima. Você levantou sua guarda e eu sei porquê. Porque a última vez que você me viu ainda está marcada na sua mente. Você me deu rosas, e eu deixei que elas morressem.
Aqui estou eu engolindo o meu orgulho, na sua frente pedindo desculpas por aquela noite. E eu volto para dezembro toda hora. Acontece que a liberdade não passa de saudades de você, queria que eu tivesse percebido o que tinha quando você era meu, eu voltaria para dezembro, mudaria de ideia.
Eu volto para dezembro toda hora.
Não tenho dormido ultimamente, ficando acordada relembrando de como fui embora. Quando seu aniversário passou e eu não liguei. Eu penso no verão, todas as horas bonitas, eu assistia você rindo do lado do passageiro e eu percebi que amava você no outono. Depois veio o frio com os dias escuros, quando o medo se arrastou na minha mente você me deu todo o seu amor e tudo o que eu lhe dei foi um adeus.
Sinto falta da sua pele bronzeada, seu doce sorriso, tão bons para mim, tão certos. E como você me segurou nos seus braços naquela noite de setembro. A primeira vez que você me viu chorar, talvez isso seja pensamento positivo. Provavelmente meus sonhos sem fundamento, se nós nos amássemos de novo eu juro que te amaria certo, eu voltaria no tempo e mudaria, mas não posso, então se a sua porta estiver trancada, eu entendo.
Aqui estou eu engolindo o meu orgulho, na sua frente pedindo desculpas por aquela noite. Eu volto para dezembro. Acontece que a liberdade não passa de saudades de você, queria que eu tivesse percebido o que tinha quando você era meu, eu voltaria para dezembro, mudaria de ideia e faria tudo certo. Eu voltaria para dezembro, mudaria de ideia e mudaria minha própria mente. Eu volto para dezembro toda hora. Toda hora.